quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Praias do litoral piauiense estão sendo tomadas por caravelas


16/09/2007 17:39


As praias do litoral do Piauí estão infestadas de Caravelas, uma espécie de animal marinho que pode provocar queimaduras muito fortes em quem pegá-los. As crianças são as maiores vítimas destes animais e a prefeitura de Luís Correia e as secretarias estaduais do Turismo e da Saúde não têm nenhum
médico, enfermeiro ou outra pessoa para orientar os ba-nhistas sobre os perigos da Cara-vela ou mesmo retirar os animais durante o período em que as praias estiverem lotadas de banhistas.Os animais, que têm este nome porque abrem uma espécie de “velas” como os barcos antigos da época do descobrimento do Brasil, são bonitos o que faz aumentar o risco de uma criança tentar pegá-las e até guardá-las. Os animais têm a cor azulada e tem o formado de um cano plástico transparente ou de uma bolha de sabão. No feriadão em Atalaia, muitos deles foram vistos ao longo da praia, despertando a curiosidade de banhistas. O contato com esses animais pode resultar em queimaduras, reações alérgicas e, em alguns casos, choque térmico e cegueira. O primeiro procedimento é lavar o local com vinagre ou com a própria água do mar, desde que esteja fria e procurar ajuda médica imediatamente. É importante não lavar o local com água doce e não friccionar a área afetada, pois a dor poderá aumentar.Em São Luís no Maranhão, as autoridades já começam a se preocupar com o problema. Cinco biólogos maranhenses, que integram há dois anos o grupo Physalia, estão pesquisando os motivos do crescimento da incidência de caravelas nas praias daquela cidade. Mais de 200 ocorrências de queimaduras, em decorrência do contato com estes animais marinhos, foram registradas no ano passado, na capital maranhense.O trabalho de pesquisa é inédito no Estado e um dos poucos realizados no país. Para uma das biólogas envolvidas na atividade, Denise Ramalho, na hora da escolha do objeto de estudo, o grupo levou em consideração a falta de conhecimento sobre o tema. Foi levantada ainda a necessidade de orientar a população sobre os cuidados relativos à prevenção e ao tratamento, em caso de contato com os cnidários, cujo nome científico é Physalia physalis.

Fonte: Diário do Povo

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