domingo, 6 de janeiro de 2008

Início de ano em São Luís do Maranhão

Título original: Caravelas fazem vítimas em São Luís
SÃO LUÍS - ~
Mais de 100 casos de acidentes com caravelas foram registrados em São Luís pelo Corpo de Bombeiros entre os dias 30 de dezembro e 2 deste mês. Somente no dia 1º, 10 pessoas foram atendidas no posto da corporação no Calhau. Houve dois casos graves encaminhados com urgência para o hospital Socorrão. Nestas pessoas, o ataque da caravela provocou parada respiratória e queda de pressão.As caravelas se distinguem das águas-vivas, embora pertençam ao mesmo grupo de animais, os cnidários. As caravelas apresentam uma bolsa, normalmente na cor púrpura, que flutua acima da linha da água. Esses animais apresentam veneno normalmente utilizado como mecanismo de defesa. Em contato com a pele humana, essa substância provoca conseqüências que vão desde simples queimaduras até reações alérgicas.O número de acidentes com esses animais costuma aumentar a partir do mês de setembro, se estendendo até janeiro. O período de férias escolares é o que concentra o maior número de ocorrências. “Nesse período de férias, algumas pessoas já apareceram com queimaduras provocadas por caravelas, principalmente crianças, que passam muito tempo brincando na água”, relatou Cassilda Tassinari, proprietária de um bar na Litorânea.A época de reprodução da caravela coincide com o período de ventos fortes. Isso, além da maré cheia, contribui para arrastar os animais para a beira do mar, o que favorece a ocorrência de acidentes. “Aproveito que estou de férias para fazer caminhada na praia diariamente. Só hoje, olhei pelo menos três caravelas em um curto espaço de caminhada”, observou o dentista Nelson Carneiro.De acordo com o sargento Giovanes Macedo, do Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMAR), a única forma de prevenir qualquer incidente é evitar tomar banho no mar, pois não há um modo de prever a proximidade das caravelas, nem delimitar áreas de maior ocorrência.Queimaduras de 1°, 2° e 3° graus, parada respiratória, queda de pressão, calafrios e dores articulares estão entre as conseqüências de um acidente com caravelas. “Os efeitos dependem do organismo de cada um. Alguns podem ter uma reação maior ao veneno do animal, precisando de encaminhamento a um hospital”, destacou o sargento Giovanes Macedo.Após o acidente, o GBMAR recomenda a limpeza do local com vinagre e a aplicação de xilocaína, para amenizar a dor. Em casos mais graves, a recomendação é procurar o hospital mais próximo.
Fonte: O Estado do Maranhão

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Atendimento a vítimas de águas-vivas será referência



Cientista prepara trabalho com base no atendimento montado pela Prefeitura

A experiência de Praia Grande pode ser referência no atendimento a vítimas de queimaduras por águas-vivas em publicações especializadas. A afirmação é do cientista Vidal Haddad Júnior, médico dermatologista, com formação em Medicina Tropical e Toxinologia, autor de vários livros e de um atlas sobre animais aquáticos perigosos.Professor da Faculdade de Medicina da Unesp em Botucatu e médico responsável pelo atendimento a vitimas de animais aquáticos do Hospital Vital Brasil, do Instituto Butantã, Haddad Júnior esteve nesta quarta-feira (2) em Praia Grande para fazer uma análise das fichas de atendimento dos pronto-socorros e conversar com os médicos da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) da Prefeitura, que trabalharam no esquema especial montado para atender a mais de 300 pessoas queimadas pelas medusas desde a noite de 27 de dezembro.Como várias cidades litorâneas no País, Praia Grande teve um surto de caravelas, que podem ter se deslocado por causa de uma massa de água fria em direção à praia, pelo vento e correntes marítimas.O médico Adriano Bechara, secretário-adjunto de Saúde, responsável pela montagem do esquema de atendimento aos queimados, disse que Haddad vinha prestando assessoria por telefone desde o início do surto. “Agora, pessoalmente, veio constatar a forma de atendimento, que deixou a população sentir-se mais segura”.O cientista disse que sua pesquisa vai dar base a um trabalho para publicação em sites e revistas especializadas. “Praia Grande com certeza será referência, pois a conduta serena dos profissionais da Prefeitura conseguiu que o problema fosse superado sem maiores transtornos ou alarme junto à população”.Sintomas - Conforme folheto do Centro de Biologia Marinha (Cebimar), da USP, elaborado por Vidal Haddad Junior (Unesp), Álvaro Esteves Migotto (USP) e Shirley Pacheco de Souza (Instituto Terra & Mar), entre os sintomas da queimadura da caravela ou bexiguinha, como também é conhecida essa medusa, estão: ardência e dores intensas e, nos casos mais graves, vômitos, câimbras, náuseas, desmaios, convulsões, arritmias cardíacas e problemas respiratórios, além da formação de linhas vermelhas na pele das vítimas. A orientação dada nesse folheto é evitar entrar na água onde esses animais estejam e, no caso de contato, remover os tentáculos com luvas, pinças ou lâmina de uma faca. E mais: não esfregar a região do ferimento; aplicar compressas de água do mar gelada ou bolsas de gelo; não utilizar álcool, urina ou água doce e procurar auxílio médico.Palestra – Haddad fará palestra no dia 23, com o tema “Animais Marinhos Perigosos”. Na Praia Boqueirão, Prefeitura e Unesp montarão uma tenda para o projeto Univerão, que, no período de 23 a 30 deste mês, oferecerá várias oficinas sobre Biologia Marinha e Gerenciamento Costeiro.O Univerão terá, além de palestras, estandes com temas nas áreas de estudo desenvolvidas pela Unesp, em seu campus São Vicente. O objetivo do projeto é a difusão do conhecimento teórico-prático sobre meio ambiente.Na palestra, o cientista abordará, além das águas-vivas e outros animais, o habitat, riscos, sintomas e tratamentos que envolvem acidentes com esponjas-do-mar, polvos, ouriços-do-mar, moréias, raias, peixes-escorpião e bagres. Balanço - Nesta quinta-feira, pelo menos até as 14 horas nenhuma pessoa tinha procurado os pronto-socorros por causa de queimadura de água-viva, o que indica que o surto terminou. Segundo o médico Adriano Bechara, nenhum dos casos na Cidade foi de maior gravidade.O balanço geral de atendimentos, desde o primeiro caso na Cidade, é o seguinte: dia 27 de dezembro, uma pessoa; dia 28, total de 139 pessoas; dia 29, total de 107 pessoas; dia 30, total de 26 pessoas; dia 31, três pessoas; dia 1º, total de 27 pessoas e dia 2 de janeiro, uma pessoa.


Fonte:

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Participe da enquete: a sensação do momento nas praias do Brasil em 2008


Bem, nos votos de feliz 2008 nunca imaginaríamos o sucesso das caravelas...


Ou seria das águas-vivas?


O fato é que a imprensa tem divulgado que o vilão seria apenas as caravelas, mas quem for observador poderá contribuir conosco dando seu depoimento.


Caravela ou água viva? Qual era a cor?


Você pode contribuir como nossa enquete. É muito fácil, passe um e-mail para o projetophysalia@yahoo.com.br. Iremos divulgar o resultado no final das férias, no início de março, após apuração dos e-mails.

Por favor tomem cuidado nas dicas para aliviar a dor causada pelas toxinas de cnidários

Muito engraçado são as receitas sobre o que fazer e o que passar para aliviar a dor das toxinas produzidas pelos cnidários. Teve um dia que uma senhora quase fez um bolo de trigo, isso por que usou mel, clara de ovo,açúcar, refrigerante...faltou o trigo e fermento...

Para ficar atento a esta situação o blog projeto physalia traz uma série de procedimentos mais adequados para pronto socorro, além de postarmos uma nota muito interessante que saiu no portal pe360graus.


Toxicologista dá dicas para aliviar a dor das queimaduras de caravelas

As queimaduras de caravelas, registradas na virada do ano na praia de Itamaracá, no Grande Recife, despertaram a atenção para o perigo que esse animal representa. Elas têm a função de controlar a população de peixes pequenos, uma vez que são predadoras e vivem nas regiões costeiras, em especial, nos mares tropicais.

As caravelas não são venenosas, mas a queimadura provocada por elas dói e muito. O perigo, porém, não está na bolha azul ou rosa que fica na superfície da água, maior parte do animal, mas nas cerdas que ficam na região inferior.

O clínico geral, especialista em toxicologia, Américo Ernesto, explica que a queimadura causada pelas caravelas é, na verdade, um processo de intoxicação. “Quando entra em contato com a pele, a caravela libera toxinas e, por isso, há a sensação de ardor”, define.

Para minimizar a dor causada pela queimadura, a pessoa atingida pode seguir algumas dicas:

1. Deve-se passar a própria água do mar, porque a água salgada mantém as condições osmóticas e evita o rompimento das cerdas;
2. Não lavar com água doce, nem pôr gelo no local, pois a água doce aumenta a liberação da toxina;
3. Passar ácido acético (vinagre) para neutralizar a ação das substâncias que são liberadas pelas cerdas (agulhas), encontradas na parte de baixo das caravelas;
4. Não passar manteiga, pasta de dente ou clara de ovos no local da queimadura. “É totalmente contra-indicado, porque isso provoca o isolamento da substância que precisa ser retirada, o que provoca ainda mais dor no paciente.”, explica o médico;
5. Em casos mais graves, quando há um comprometimento de uma extensa área do corpo, principalmente nas crianças, deve ser procurado o serviço medico mais próximo;
6.Caso precise pegar na caravela, isole a mão.


Mais caravelas, agora em Itamaracá, litoral norte de Pernambuco


Somente na última terça-feira (01), das cem pessoas que deram entrada no hospital público de Itamaracá, 31 estavam com queimaduras de água viva e caravela.

As crianças foram atingidas enquanto brincavam na água. “Eu achei que fosse um plástico na água, aí uma mulher disse para eu não pegar que eu ia me queimar”, disse Maésio dos Santos, de 11 anos. A maioria das queimaduras foi de segundo grau.

Mas, de acordo com a médica de plantão, Solange de Oliveira, o tratamento é simples, e a resposta, rápida. “Para aliviar a dor deve ser administrado analgésico tópico e, se a dor for muito intensa, analgésico oral ou injetável. Em cinco horas, a ardência começa a diminuir.”, explicou.
Redação do pe360graus.com

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Reveillon com muita caravela no Sul e Sudeste do Brasil

Centenas de casos de acidentes com caravelas foram registrados pelo Corpo de Bombeiros neste final de ano em Santa Catarina (Florianópolis), no Paraná (Pontal do Paraná, Matinhos, Caiobá e Guaratuba) e no litoral sul de São Paulo (Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente e Santos).
De forma semelhante o litoral maranhense é uma área onde comumente se encontra muitas caravelas durante todo o ano, com grande chance de ocorrências de acidentes tal como revelado pelas as estatísticas do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão e os resultados do projeto Physalia.
Será que agora algum órgão aqui no Maranhão vai começar a valorizar as ações do projeto Physalia?

Para ler mais: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL244440-5598,00-INVASAO+DE+AGUASVIVAS+AMEACA+TURISTAS+NO+SUL+E+NO+SUDESTE.html

Praias do litoral piauiense estão sendo tomadas por caravelas


16/09/2007 17:39


As praias do litoral do Piauí estão infestadas de Caravelas, uma espécie de animal marinho que pode provocar queimaduras muito fortes em quem pegá-los. As crianças são as maiores vítimas destes animais e a prefeitura de Luís Correia e as secretarias estaduais do Turismo e da Saúde não têm nenhum
médico, enfermeiro ou outra pessoa para orientar os ba-nhistas sobre os perigos da Cara-vela ou mesmo retirar os animais durante o período em que as praias estiverem lotadas de banhistas.Os animais, que têm este nome porque abrem uma espécie de “velas” como os barcos antigos da época do descobrimento do Brasil, são bonitos o que faz aumentar o risco de uma criança tentar pegá-las e até guardá-las. Os animais têm a cor azulada e tem o formado de um cano plástico transparente ou de uma bolha de sabão. No feriadão em Atalaia, muitos deles foram vistos ao longo da praia, despertando a curiosidade de banhistas. O contato com esses animais pode resultar em queimaduras, reações alérgicas e, em alguns casos, choque térmico e cegueira. O primeiro procedimento é lavar o local com vinagre ou com a própria água do mar, desde que esteja fria e procurar ajuda médica imediatamente. É importante não lavar o local com água doce e não friccionar a área afetada, pois a dor poderá aumentar.Em São Luís no Maranhão, as autoridades já começam a se preocupar com o problema. Cinco biólogos maranhenses, que integram há dois anos o grupo Physalia, estão pesquisando os motivos do crescimento da incidência de caravelas nas praias daquela cidade. Mais de 200 ocorrências de queimaduras, em decorrência do contato com estes animais marinhos, foram registradas no ano passado, na capital maranhense.O trabalho de pesquisa é inédito no Estado e um dos poucos realizados no país. Para uma das biólogas envolvidas na atividade, Denise Ramalho, na hora da escolha do objeto de estudo, o grupo levou em consideração a falta de conhecimento sobre o tema. Foi levantada ainda a necessidade de orientar a população sobre os cuidados relativos à prevenção e ao tratamento, em caso de contato com os cnidários, cujo nome científico é Physalia physalis.

Fonte: Diário do Povo